“MANAUS” - A cidade prostituta, dos mercenários, do coronelismo político e dos fracassados. Uma crônica que encontrei, numa seleção de várias, escritas por personalidades, falam dessa cidade, onde nasci e vi se transformar numa “metrópole”:
“Houve um tempo em que Manaus tinha calçadas, largos passeios em mármore de Lios, aqui e ali os canteiros de fícus-benjamin distribuindo sombra aos transeuntes. Não há mais calçadas. Caminha-se quase sempre numa terra de ninguém, entre o esgoto a céu aberto e a pista de trânsito. Uma cidade onde o tecido urbano foi destruído e não há uma rua, uma artéria intacta. Atravessa-se a cidade e tem-se a impressão de que quase todas as edificações estão inacabadas. Tijolos à mostra, o paraíso da arquitetura espontânea. Urna cidade que foi demolida pela ganância imobiliária e ficou sem capital para a reconstrução.
O terremoto do milagre econômico, varrendo do mapa a orgulhosa capital dos barões do látex. Mudando o original traçado urbano geométrico pêlos labirintos medievais das ocupações e pondo, no lugar dos palacetes, o tabique, o cimento vermelho e a grade de ferro. As fachadas de ladrilho de banheiro.
O caldo dos trópicos. A alegria da agonia.
Manaus, a cidade mais odiada do mundo.
Não fosse assim, não a teriam enfeado tanto, apagado com requintes de crueldade os seus traços art-nouveau, suas linhas cartesianas desafiando os trópicos, pensadas por homens que se não a amavam, pelo menos sabiam o que é uma cidade, o que é conviver nurna cidade.
Ser civilizado no mundo moderno é saber viver numa cidade.
Coisa que os administradores manauaras não sabem do que se trata.
Manaus, odiada talvez por não cumprir com o que promete. Engana as gentes das barrancas, os inocentes dos rios.
Engana os que chegam de muito mais longe, carregados de misérias e pesadelos.
Essa gente enganada não perdoa a cidade, e castiga Manaus, cada uma delas como células fazendo crescer o tumor canceroso em que foi transformada a velha e orgulhosa capital dos bares.
Cidade degenerada, de alegria favelada acostumada a se contentar com pouco. Talvez por isso odiada também pêlos que juram amá-la, amor da boca pra fora dos que deveriam amá-la ao menos por dever de ofício.
Manaus dos últimos acenos de gentileza em meio ao alarido arrivista.
Cidade mal-amada.
Cidade acostumada a apanhar na cara. a ser violentada, a ser roubada
vergonhosamente pelos seus amantes.
Cidade Puta.”
Márcio Souza
Do livro de Joaquim Marinho, “MANAUS, MEU SONHO”, Editora Valer, 2010“,
“Houve um tempo em que Manaus tinha calçadas, largos passeios em mármore de Lios, aqui e ali os canteiros de fícus-benjamin distribuindo sombra aos transeuntes. Não há mais calçadas. Caminha-se quase sempre numa terra de ninguém, entre o esgoto a céu aberto e a pista de trânsito. Uma cidade onde o tecido urbano foi destruído e não há uma rua, uma artéria intacta. Atravessa-se a cidade e tem-se a impressão de que quase todas as edificações estão inacabadas. Tijolos à mostra, o paraíso da arquitetura espontânea. Urna cidade que foi demolida pela ganância imobiliária e ficou sem capital para a reconstrução.
O terremoto do milagre econômico, varrendo do mapa a orgulhosa capital dos barões do látex. Mudando o original traçado urbano geométrico pêlos labirintos medievais das ocupações e pondo, no lugar dos palacetes, o tabique, o cimento vermelho e a grade de ferro. As fachadas de ladrilho de banheiro.
O caldo dos trópicos. A alegria da agonia.
Manaus, a cidade mais odiada do mundo.
Não fosse assim, não a teriam enfeado tanto, apagado com requintes de crueldade os seus traços art-nouveau, suas linhas cartesianas desafiando os trópicos, pensadas por homens que se não a amavam, pelo menos sabiam o que é uma cidade, o que é conviver nurna cidade.
Ser civilizado no mundo moderno é saber viver numa cidade.
Coisa que os administradores manauaras não sabem do que se trata.
Manaus, odiada talvez por não cumprir com o que promete. Engana as gentes das barrancas, os inocentes dos rios.
Engana os que chegam de muito mais longe, carregados de misérias e pesadelos.
Essa gente enganada não perdoa a cidade, e castiga Manaus, cada uma delas como células fazendo crescer o tumor canceroso em que foi transformada a velha e orgulhosa capital dos bares.
Cidade degenerada, de alegria favelada acostumada a se contentar com pouco. Talvez por isso odiada também pêlos que juram amá-la, amor da boca pra fora dos que deveriam amá-la ao menos por dever de ofício.
Manaus dos últimos acenos de gentileza em meio ao alarido arrivista.
Cidade mal-amada.
Cidade acostumada a apanhar na cara. a ser violentada, a ser roubada
vergonhosamente pelos seus amantes.
Cidade Puta.”
Márcio Souza
Do livro de Joaquim Marinho, “MANAUS, MEU SONHO”, Editora Valer, 2010“,
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