domingo, 17 de janeiro de 2016

"CAMINHANDO POR MANAUS" - O CENTRO HISTÓRICO - PARTE II


APRESENTAÇÃO

Este livreto não se propõe a ser um documento de registro histórico, mas sim um instrumento de efetiva utilidade para o turista mais exigente e minucioso, que deseje conhecer Manaus mais intimamente, percorrendo a pé seus becos, ruas e avenidas.  São ao todo cinco roteiros, cuidadosamente elaborados por Thérèse Aubreton - uma francesa residente em Manaus e radicada no Brasil há anos, professora de história e agente de viagens. Seus olhos e caneta captaram e registraram tudo o que aqui pode ser desfrutado. A pesquisadora não se limitou a consultar livros e documentos. Os cinco roteiros a pé foram atentamente feitos e refeitos, tendo sido anotados cada detalhe pitoresco, cada aspecto curioso. Aspectos relevantes da nossa história, arquitetura, hábitos e costumes, regionalismos, etc., foram registrados. A Sra. Aubreton foi até mesmo à França, com o objetivo de estudar, comparar e comprovar semelhanças e dados, fundamentando melhor ainda aquilo que a FUMTUR  lhe havia encomendado. O resultado está aí, para o conforto e melhor aproveitamento da estada de nossos turistas. Esta publicação da Prefeitura de Manaus, através da Fundação Municipal de Turismo - FUMTUR,  pretende ser o início de outros relatos e registros para uso turístico.
Manaus, Agosto, 1996

ROTEIRO 2

A Praça da Matriz,  se localiza exatamente no centro da área comercial mais antiga de Manaus. Desde 1864 a praça teve diferentes nomes e passou por várias reformas e embelezamentos.

Exatamente no centro da praça ergue-se, imponente, a Catedral de Manaus, erguida em homenagem a N. S. da Conceição, a Padroeira do Estado do Amazonas.


A CATEDRAL DE MANAUS
Data de 1695 a construção da primeira igrejinha, edificada no mesmo sítio, em madeira e palha, obra dos religiosos carmelitas que chegaram à aldeia de São José do Rio Negro (hoje Manaus), após a edificação do forte pelos portugueses, em 1669.
Demolida no final do século XVIII pelo estado precário em que se encontrava dá lugar a uma nova edificação, que também desaparece em incêndio ocorrido pelos idos de 1850.
Em 1858 é lançada a pedra fundamental da nova igreja, mas 20 anos foram gastos até a sua conclusão. Devido à falta de material de construção (pedra, especialmente) e mão de obra especializada, arrasta-se lentamente a construção do novo edifício. O andamento das obras é ainda prejudicado pela ausência de recursos, que levam à criação de uma loteria, em 1865, com o objetivo de angariar fundos para a aceleração dos trabalhos. Os recursos obtidos, todavia, são insuficientes.




A Catedral de N. S. da Conceição, em estilo neoclássico, é a primeira grande obra arquitetônica erguida em Manaus. Sua fachada divide-se em dois andares, com predominância de linhas retas e poucos elementos ornamentais, destacando-se um frontão triangular,  com nicho para a estátua, acima de três portas em arco pleno e dois campanários, com cobertura em cúpula e arremate em forma de lanterna. Os seis sinos, vindos de Portugal, foram instalados em 1875.
Na entrada  observa-se duas pias de pedra (receptáculos da água benta) sobre pedestal. Acima, a abóbada da nave, muito simples, fabricada em madeira branca; e na galeria  superior , também simples, mostram-se uma balaustrada de madeira e medalhões pintados. À direita, vê-se o mausoléu de mármore onde estão guardados os restos fúnebres do primeiro bispo de Manaus, Dom José Lourenço da Costa Aguiar, falecido em 1905, em Lisboa. À esquerda situa-se belo e sóbrio batistério, em mármore, obra do francês Joseph Gaune, terminado em 1874, Ao lado esquerdo do transcepto observa-se medalhão pintado com o escudo de Manaus, altar em pedra de Lioz e capela dedicada a Jesus Cristo. Do outro lado nota-se um medalhão com pintura alusiva ao centenário da criação da congregação do Coração de Maria, no Amazonas, altar em pedra de Lioz e capela dedicada à Virgem Maria. O altar da Capela Mor, em mármore, executado em 1 874, é - como o batistério - também obra artística de Joseph Gaune.
Adentrando-se à nave pode-se  ver dois elegantes púlpitos esculpidos frente a frente. Trata-se de peças que não são utilizadas, talvez pela falta de escadas de acesso.
o coroamento do altar ergue-se singela escultura de N.S, da Conceição, ladeada por dois anjos; e no retabulo, ainda, destaca-se uma estatueta da Virgem Maria.
Surpreendentemente interessantes, as pinturas existentes no coro da Catedral impressionam pela sua modernidade. No teto, vê-se a coroação de Nossa Senhora, de inspiração barroca. Nas laterais várias representações (no meio de anjos e nuvens) da Virgem Maria e da história das missões na Amazônia, especialmente em Manaus. Ao lado direito, observa-se uma belíssima representação da primeira aldeia que existiu nessa região, simbolizada - na imaginação do pintor - por uma fortificação portuguesa repartindo espaço com a primeira igrejinha de palha e o elemento indígena dominante. Ao lado esquerdo, vê-se quadro retratando a própria igreja matriz tendo à frente secular  chafariz , ainda hoje existente . O chão é todo revestido em ladrilhos de pedra imitando mármore, importados da Europa. A história da catedral é toda assinalada por grandes dificuldades, especialmente aquelas relacionadas à ausência de recursos. Quase acabada, por exemplo, a obra não pôde ser inaugurada pela falta de fundos para a compra dos materiais litúrgicos. Finalmente, em 1878, a catedral é benta e inaugurada.

Saia da igreja e desça as escadas localizadas na parte frontal do prédio. As duas escadas, juntas, formam um conjunto interessante, que sugere distintamente a forma de uma lira. Durante muitos anos o local situado na frente da catedral, entre as escadas, era caracterizado por jardins e exuberante vegetação. Hoje, no mesmo lugar, existe um centro recreativo pertencente à própria igreja.


O CHAFARIZ

À sua frente ergue-se belíssimo chafariz, executado em ferro fundido pela Firma Sun Foundry, de Glasgow, conforme atestam as inscrições em várias de suas peças. O chafariz compõe-se de grande bacia hexagonal, originalmente adornada por seis esculturas (três  meninos sentados segurando espadas e três meninos em pé carregando cântaros), distribuídas em cada vértice. Lamentavelmente, quatro das seis esculturas perderam-se durante as várias reformas realizadas, ao longo dos anos. À frente de cada uma das que restam vê-se a escultura de um cisne e a identificação do fabricante. No piso da bacia hexagonal notam-se fontes ladeadas por esculturas de meninos. Bem ao meio da bacia eleva-se uma base quadrangular, que assenta o corpo principal do chafariz. Notam-se esculturas de ferro de meninos carregando bacias, dispostas em cada ângulo. Embaixo de cada menino existem delicadas esculturas de cobras surgindo da vegetação entre duas colunas. Vê-se esculpidas interessantes representações de Netuno simetricamente dispostas por dentre bucólica folhagem. O monumento tem como base um grupo de doze anjinhos dançando e, coroando a beleza do conjunto, uma bela estátua de Vênus, em trajes antigos, equilibrando um vaso à cabeça, acompanhada por quatro tocadores de trombetas. A base superior da bacia mostra alto relevo com cobras no meio de luxuriante vegetação.
Em 1995, com a reforma do chafariz, construiu-se uma cerca de proteção para impedir a depredação.


O RELÓGIO MUNICIPAL

Do outro lado da praça, na Av. Eduardo Ribeiro, situa-se o pitoresco Relógio Municipal. O mecanismo do relógio foi importado da Suíça e montado, em base de pedra, pela firma local Pelosi & Roberti. Muito eficiente até os dias de hoje, o som que produz à cada hora é cativante. Os manauaras o chamam às vezes de Big Ben, em alusão ao famoso relógio inglês, devido ao som que produz.
À esquerda observe o prédio dos Correios, construído na época áurea da borracha, O prédio foi internamente modernizado, em 1985, após o incêndio havido em 1982, Entretanto, sua fachada - recoberta de tijolos envernizados em diversas cores - teve seu estilo e arquitetura preservados. Nota-se a presença de quatro pavimentos e, na parte superior, vê-se elegante balaustrada, Desde 1921 a construção abriga os Correios.


O prédio dos Correios é um feliz exemplo de respeito ao patrimônio artístico-cultural da cidade. Lamentavelmente, no transcurso dos anos, muitas edificações foram descaracterizadas e/ou demolidas. Nos dias atuais, com o esclarecimento e conscientização das autoridades e da população, cresce a preocupação com a preservação do passado da cidade e aumentam os cuidados com a manutenção dos prédios antigos.


Na avenida existem outras edificações muito interessantes e que datam da mesma época.
Caminhe, agora, em direção ao porto. No mesmo calçadão vê-se o monumento (um simples obelisco) que registra o primeiro centenário da elevação da Vila da Barra do Rio Negro (depois Manaus) à categoria de Cidade, em 1848. No dia 24 de outubro é feriado em Manaus porque comemora-se o aniversário da cidade.
Atravesse a rua em direção à entrada do porto, À esquerda vê-se o belíssimo prédio da Alfândega.


O PRÉDIO DA ALFÂNDEGA

O prédio da Alfândega, de origem inglesa, inaugurado em 1906, é considerado o primeiro prédio pré-fabricado do mundo. Foi trazido em blocos, pronto para ser montado, nos porões dos barcos britânicos que aportavam em Manaus. Seu estilo é eclético, com elementos medievalistas e renascentistas. A fachada possui três pavimentos, cada um menor que o inferior, até o terceiro que se assemelha a um sótão. No térreo existe uma grande porta em arco pleno; no segundo andar janelas unidas por colunas; e no terceiro piso envasaduras com arcos rebatidos. No frontão retangular, na frente do prédio, lê-se a inscrição "Alfândega", coroada com ameias e com a estrela republicana.



A torre, com farol (hoje desativado), orientava os navios que chegavam e partiam de Manaus.
O conjunto ainda funciona como sede da fiscalização da Alfândega.
Entre no Porto de Manaus e caminhe até a ponte flutuante. Antes de descer observe, cuidadosamente, a Tabela das Enchentes.

A TABELA DAS ENCHENTES

Localizada à direita do complexo, a tabela foi confeccionada em liga metálica anticorrosiva e registra, desde 1904, os níveis mais altos atingidos pelas águas do Rio Negro. O ano de 1953 destaca-se como aquele em que a enchente tomou drásticas proporções, submergindo - inclusive - áreas comerciais e residenciais da cidade, que se localizavam mais próximas das margens do rio, Na época, construíram-se pontes improvisadas e pela primeira vez fez-se uso de canoas para percorrer trechos alagados em plena área urbana. Outras enchentes rigorosas aconteceram em 1922, 1976 e 1989.
Dirija-se à ponte para avistar de forma panorâmica os Cais Flutuantes.


O PORTO DE MANAUS

Muitos anos se passaram antes que Manaus, rica em  borracha , pudesse ostentar um porto ao nível de seu comércio e poder. Até o final do século XIX eram grandes os problemas com a atracação das embarcações. Durante a época da cheia dos rios a operação era facilitada e rampas eram utilizadas para o embarque e desembarque de passageiros e cargas. Na vazante, todavia, os problemas eram substancialmente maiores os navios eram fundeados ao largo e a transferência de carga e passageiros era toda realizada em canoas.




Em 1902, finalmente, a firma B. Rymkiewicz ganhou a concorrência aberta pelo governo, O contrato garantia 60 anos de exploração do porto, mas rezava também que além da construção dos cais - a firma construiria um edifício para a administração da Alfândega (o prédio visto ainda há pouco, à entrada). Rymkiewicz rapidamente transferiu o contrato para a firma inglesa Manaos Harbour Ltd., que iria efetivamente construir o cais, pontes de acesso e tudo o mais. As obras se estenderam até 1912.
O porto foi então explorado pela Manaos Harbour Ltd. até 1963,  quando a firma declarou não mais poder satisfazer as exigências e obrigações contratuais, o que culminou com o cancelamento do acordo com o governo e transferência das responsabilidades à própria administração brasileira.
Findo o controle inglês nasce a Zona Franca de Manaus, em 1967, com o objetivo de promover o progresso regional, integrando Manaus comercial e industrialmente ao resto do Brasil e do mundo.

O CAIS  FLUTUANTES

Na época da construção os acessos ao Roadway (como até hoje são popularmente chamados os cais) eram cobertos com madeira. Durante anos foi ponto de encontro da sociedade manauara. Um pequeno trem de ferro, correndo sobre trilhos dispostos por todo o cais, agilizava as operações de embarque e desembarque de mercadorias.
Hoje, o Roadway está dividido em dois setores distintos.
Na parte esquerda atracam os chamados barcos de linha (os "recreios"), que são verdadeiros ônibus fluviais da Amazônia e que carregam passageiros e cargas para outros municípios e estados amazônicos.
Na parte direita do Roadway concentram-se os barcos particulares. Grandes ou pequenos, simples ou sofisticados, adaptados às viagens de um dia inteiro  ou vários dias, pertencentes geralmente às agências de turismo. Àqueles interessados em participar de passeios pelo rio sugerimos contatem somente as empresas cadastradas junto as autoridades do Estado. A Empresa Amazonense de Turismo (EMAMTUR) poderá fornecer pelo fone 633-2850 o nome e localização de um bom operador, devidamente credenciado. Pelo seu conforto e segurança evite sempre viajar em barcos clandestinos.
Do mesmo local onde se acham atracados os barcos de turismo pode-se ver, a uma certa distância, outra área do porto destinada somente a cargas e alfândega. Vê-se, ainda, mais ao longe, as casas tipo " palafitas" do Bairro de São Raimundo.
São poucos no mundo os cais flutuantes desse tipo. Em Sidney, na Austrália, existe uma construção parecida, que segue os movimentos da maré.
Ao lado do cais reservado ao Turismo tem-se uma vista interessante dos armazéns do porto. Alguns são de construção recente, mas um deles - coberto por placas metálicas, simulando pedra - sobressai: é o famoso Trapiche XV de Novembro.

TRAPICHE XV DE NOVEMBRO

Trata-se de um típico exemplo da arquitetura de ferro britânica do fim do século XIX. Coberto de telhas onduladas e com paredes de ferro imitando blocos de
pedra, provavelmente construído em 1893, o trapiche é anterior à construção do próprio porto.
Pelo lado oposto do armazém, onde se encontra a Praça Oswaldo Cruz, pode-se observar placa muito interessante em que se lê - "P & W MacLellan Ltd.", o que autentica sua procedência escocesa.


A Praça Oswaldo Cruz, que reúne prédios muitíssimo interessantes, era local dos mais movimentados na época da borracha, vez que o terminal dos bondes aí se encontrava. A primeira linha de bondes foi inaugurada em 1889 e, até 1939, os bondes eram os únicos meios de transporte público.



A casa em forma de "castelinho de comédia" , em estilo neo medieval, abrigava no início do século a famosa firma britânica MANAUS TRAMWAYS AND LIGHT. No meio da fachada, acima da janela do 2° pavimento, pode-se observar a escultura de uma cabeça de Mercúrio, deus romano do comércio. Embaixo de cada uma dessas janelas existem calhas, no formato de máscaras antigas, que canalizam a água das chuvas. Ameias coroam a construção, que lembra o castelo da Bela Adormecida.
Ergue-se ao lado bela casa, datada de 1900, com dois pavimentos, onde funcionou o Tribunal de Contas do Estado e que hoje abriga a "Casa do Pequeno Trabalhador". A edificação exibe amplas decorações na parte superior, com um rico frontão curvo ladeado por fina balaustrada de pedras.



Aproxime-se agora do prédio da esquina, à esquerda.
Trata-se de um casarão datado de 1894, com catorze janelas de frente e grande porta central, ladeado por doze portas - seis à esquerda e seis à direita.
Vire à direita e siga em frente pela Rua Monteiro de Souza.





Veja com atenção as casas onde atualmente funciona a Administração do Porto de Manaus. Destaca-se um grande prédio, pintado de cinza-azulado, construído entre
1887 e 1890. Certos detalhes lembram o renascimento italiano. No início do século abrigava o Tesouro Público. Importante este prédio situa-se exatamente no local onde foi construído o 1 ° forte da cidade, em 1669. Ao lado esquerdo do portão central lê-se a seguinte placa comemorativa:
"Neste local, em 1669, foi construída a fortaleza de São José da Barra, sob a inspiração do cabo de tropas Pedro da Costa Favela. Foram construtores o capitão Francisco da Mota Falcão e seu filho Manuel da Mota Siqueira. Desapareceu em ruínas no ano de 1850".
A fachada, que tem dois andares, recebeu tratamento com bossagem. No térreo vê-se uma grande porta central em arco rebatido, ladeada por janelas, em arco pleno. No 1° andar,  observa-se grandes janelas em arco quase reto, ligeiramente rebatido, e balcões com balaustrada. Uma larga balaustrada também coroa o prédio todo. Ao longo da fachada nota-se calhas metálicas com cabeça de leão na parte superior.
Continue percorrendo a mesma rua até a Travessa Vivaldo Lima, onde se situa ...



O MUSEU DO PORTO

Na época da Manaos Harbour Ltd. funcionava no prédio a casa de força que fornecia energia elétrica ao Porto. Eram utilizadas máquinas à vapor da marca "Carlton Dangel Lightning Arrester", com potência em torno de 350 a 550 watts, fabricadas pela firma americana " Electric Services Supplies Co." . Em 1945 as antigas máquinas foram substituídas por geradores à diesel fabricados pela " The English Electric Co." , e - finalmente - em 1977, o Porto passou a ser abastecido pela própria rede estadual de energia.
O prédio, em tijolos de aspecto maciço, no estilo característico da Revolução Industrial Inglesa, data de 1903 e exibe na fachada as letras M.H.L. (de Manaos Harbour Ltd.).


Inaugurado em 1985, o Museu do Porto distribui-se em 742 m2 de área útil e compõe-se de oito espaços distintos:

· a casa das máquinas - onde funciona a recepção, que exibe dois antigos geradores que forneciam energia elétrica ao Porto na década de 30;

· salas 1 e 2 - que contém a remontagem ambiental dos aspectos administrativos da Manaos Harbour, com mobiliário da época.

· salão - com exposição de painéis que mostram a evolução do Porfo, da sua criação até os dias atuais.

· sala 3 - apresentando uma reconstituição do ambiente de um escritório da Manaos Harbour.

· sala 4 - com espaço destinado a exposições temporárias.

· Mezanino - exibindo peças da famosa Casa de Aviamento J.G, Araújo, reconstruindo o ambiente de um armazém da época da borracha.
· Área externa - com exibição de peças pesadas (como âncoras) e uma pequena locomotiva que servia ao Porto.

Saia do Museu e dirija-se até o final da  Travessa Vivaldo Lima.
Dois prédios muito interessantes chamam a atenção.
Na esquina ergue-se belíssimo casarão de três andares, seguramente um dos mais belos de Manaus, onde funciona o ...
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E
ARTISTICO NACIONAL (IPHAN)
O 1 ° e 2° andares exibem cinco aberturas em arco pleno, sendo que as do 2° andar possuem molduras lindamente trabalhadas, com pequenas esculturas, No 3° andar, mais estreito, duas janelas de verga reta enquadram duas pequenas janelas gêmeas dominadas por um frontão curvo e por um óculo, Na beira do teto vê-se um lambrequim,  fino rendilhado de madeira recortada, muito em uso na Europa do início do século, especialmente nas regiões montanhosas.
Ao final da rua mostra-se o atual prédio da

DMINISTRAÇÃO DO PORTO DE MANAUS

Na época da Manaos Harbour Ltd. o edifício funcionava como residência do diretor. Em estilo eclético, construído pelos idos de 1907, ostenta maciça fachada, coberta em argamassa imitando blocos de pedra, belo portão adornado por duas pequenas janelas laterais e uma da parte superior, acompanhada de dois óculos e com uma varanda. Acima  observam-se seis aberturas de forma oval e, mais acima, longa balaustrada. De tão sólido o prédio, jamais se poderia imaginar tratar-se da moradia do diretor. Mais parecia uma fortaleza. Na lateral do prédio vê-se imponente portão tipo londrino e uma série de grandes janelas, que facilitam a entrada da luz do dia. No interior nota-se bela escada do início do século e azulejos decorados com motivos florais, também datando da época da construção.
Nosso passeio está terminando.
Para voltar ao ponto de partida basta caminhar em direção ao Museu e descer a Rua Tamandaré, lugar de botequins e várias casas antigas, até a Praça da Matriz. Caso deseje fazer agora o Roteiro 3 caminhe em sentido contrário, até a Praça Dom Pedro II.

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